Estudantes de administração pública participam de ato #forasarney em frente ao TICEN

Na quinta-feira, dia 27 de agosto, próximo ao Terminal de Integração do Centro (TICEN), no centro de Florianópolis, os estudantes de administração pública Clênia e Marina (4ª fase) e eu, Sérgio (5ª fase), apoiamos o ato de manifestação pública a favor da renúncia do presidente do Senado Federal, José Sarney. Marcado por uma mobilização política forte no mundo virtual (vide Twitter), alguns setores organizados resolveram levar para as ruas sua indignação perante o senador, que teve seus processos arquivados pelo Conselho de Ética da casa legislativa. A mobilização em torno do #forasarney também tem uma rede que centraliza suas informações no site http://forasarney.com.br/. Aqui em Florianópolis, assim como em outras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o ato no dia 27 foi organizado por integrantes da Assembléia Nacional de Estudantes – Livre! (ANEL), entidade fundada no Congresso Nacional dos Estudantes, que aconteceu no Rio de Janeiro, em junho de 2009 (para quem quiser dar uma olhada: http://www.congressodeestudantes.org.br/ e http://anelivre.blogspot.com/). A ex-candidata à prefeitura de Florianópolis pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), Joaninha Oliveira, também estava presente no local. A manifestação ocorreu por volta das 19 horas, através de discursos dos manifestantes e entrega de panfletos.

Marina Dambros, da 4ª fase, destaca que o ato foi organizado por determinados setores que, mesmo com poucas pessoas, conseguiu levar para as ruas uma grande vontade popular. Clênia de Mattia, argumenta que infelizmente, as estratégias de divulgação de ato não foram bem concebidas, e que viu que alguns manifestantes saíram do foco da reivindicação pela saída do senador José Sarney, evocando frases de ordem contra a tão falada exploração capitalista e contra o “sistema” em si. Realmente o modo como se exprimem determinadas vontades populares são pouco debatidas pelos movimentos chamados “de resistência”, tidos por muitos como radicais. A falta de diálogo entre pensamentos diferentes e de direcionamentos conjuntos, além da possível imposição de paradigmas, podem levar à divisão e ao confronto dentro dos próprios movimentos sociais, como é o caso da recém criada ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre!) em relação à tradicional União Nacional dos Estudantes, UNE. Se o #forasarney continuar forte, devem ser pensadas estratégias para que ele envolva o maior número possível de setores da sociedade em torno desse foco, e planos para que o objetivo, seja tirar a presidência do senador Sarney, seja o de tirar seu mandato, seja atingido. Em 2007, o movimento “Xô, CPMF”, que contou com o apoio de várias entidades do país (incluindo o de deputados como Paulo Bornhausen, que na época ministrou uma palestra aqui na ESAG sobre o tema), teve destaque nacional, contribuindo para a extinção daquele imposto, legitimada através da representação legislativa. É o controle social começando a andar no Brasil. A passos lentos, melhor que nada. Com os devidos pontos a serem melhorados, parabéns à iniciativa da ANEL e do Fora Sarney.

Veja ofício do CAAP (Centro Acadêmico de Administração Pública - UDESC Balneário Camboriú) a José Sarney.

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